Tradicional nos Estados Unidos, a Black Friday acontece sempre no dia seguinte ao feriado norte-americano de Ação de Graças e é conhecida como um dia de queima de estoques. Com grandes descontos, as imagens de lojas lotadas com enormes filas de espera e pessoas fazendo o possível para conseguir alguma coisa são mundialmente conhecidas. O Brasil também tem investido na ação desde 2010, com descontos mais tímidos e até denúncias de “maquiagem” nos preços, porém com visível influência no mercado. Marcada para o dia 29 de novembro, espera-se que o foco principal seja informática, eletrônicos e eletrodomésticos, seguidos de moda, acessórios e celulares.
As ofertas brasileiras no ano passado chegaram a até 75% de desconto. Uma vez que as melhores ofertas tem sido em e-stores, é possível contar com sites que auxiliam na busca das melhores oportunidades.
Observando o Black Friday de 2012 aqui e nos EUA, podemos eleger algumas tendências de comportamento dos consumidores e dos lugares onde eles compram:
– A Expansão da Black Friday e a extensão da temporada de liquidação: as promoções que um dia se destinavam a pós-férias e festas, tem iniciado mais cedo em todo o mundo. Aqui no Brasil vemos vários anúncios de liquidação de coleção já no mês de outubro.
– Crescimento de vendas online, So-So In-Store Sales: os consumidores pareceram mais animados a fazer compras online do que se desgastar para conseguir as melhores ofertas em lojas físicas. Tal comportamento fortalece as ações que mesclam tecnologia e vendas online dentro do ponto de venda.
– Cliente multicanal: Se há uma tendência dominante no varejo nos últimos tempos, é a indefinição absoluta de compras on-line e off-line . Por um bom tempo, os clientes viram os dois modos de operação, como, basicamente, intercambiáveis. Porém, atualmente o que mais se fala entre especialistas é que ambos os segmentos devem ser parceiros e enviar a mesma mensagem para os compradores. Hora de abraçar de vez o “cliente multiscreen” e investir em “shopping omnichannel”.
– Facilitar o envio da compra: O frete livre é praticamente obrigatório nas vendas online, afinal, assim como o desconto na peça, o cliente também economiza quando não necessita se transportar até uma loja física. E, claro, a entrega deve ser garantida até a véspera de Natal para os que deixaram para a última hora. A mensagem a ser enviada aos clientes é esta: “Qualquer maneira que você quiser fazer uma compra, nós vamos ajudá-lo a fazer essa compra”.
– “Vazar” propagandas da Black Friday: A estratégia de guardar os descontos da data até o dia propriamente dito tinha o intuito de não espantar quem quisesse comprar naquele momento – por que comprar hoje se na Black Friday será vendido pela metade do preço? Porém, ficou claro que não existe uma vantagem significativa nisso, as pessoas vão continuar esperando os descontos. Por isso a nova iniciativa é antecipar cada vez mais a divulgação de promoções para estimular os clientes e atraí-los antes, durante e depois das compras.
Para dar uma força a preparação dos varejistas para a data, a norte-americana Firefly Store Solutions até criou um infográfico com uma check-list, que você pode ver na nossa galeria abaixo.
Site oficial do Black Friday Brasil: http://www.blackfriday.com.br/
As lojas brasileiras estão, ano a ano, aprendendo como se comportar e como tirar o máximo da Black Friday. Em anos anteriores era muito comum ver preços maquiados e promoções que não era lá muito vantajosas. Em 2013 o cenário mudou bastante e os comerciantes estão entendendo como funciona a Black Friday de verdade. Acho essa experiência muito positiva, seja para o varejista, seja para o consumidor.
Com certeza, Magda. Contribui para isso o maior acesso a informações e consequente exigência dos consumidores brasileiros. Acreditamos que elevando os padrões e fiscalizando as práticas, como foi feito nas redes sociais por exemplo, o varejo só tem a ganhar.