Recentemente, foi noticiado em quase todos os jornais a ação do celebrado artista de rua Banksy, que colocou algumas de suas obras originais a venda em uma banquinha no Central Park. As telas, que normalmente são arrematas por cerca de R$70.000,00, foram vendidas por apenas R$ 60,00 e o comportamento das pessoas registrado por uma câmera escondida. A maioria das pessoas não se convenceu da veracidade das obras e a maioria delas não foi vendida. No final do dia, o senhor que foi recrutado para vender faturou US$420,00.
A iniciativa faz parte de seu novo projeto “Better Out Than In” que prevê uma obra de arte por dia nas ruas de Nova York durante o mês de outubro. No seu site, onde Banksy posta as obras resultantes, o artista deixou o aviso abaixo do vídeo: “Atenção: Esta foi uma ocasião única. A barraca não estará lá hoje novamente”.
Uma semana depois, um grupo desvinculado de Banksy decidiu montar sua própria barraquinha com obras fake do artista. O resultado foi a venda de todas as telas pelo mesmo preço em uma hora. Detalhe: todas as obras tinham um certificado de inautenticidade. A brincadeira acaba contribuindo para a provocação do trabalho de Banksy, qual é o valor verdadeiro dado para a arte? Por que uma obra de valor elevado, exposta dentro de uma galeria e de autoria de um artista hype tem mais valor do que a arte de rua? Qual é o problema com a popularização da arte? Fica a reflexão.